Dermatologia Clínica
Dermatologia Clínica
A pele é o maior e mais visível órgão do corpo humano. E os dermatologistas da Dermacenter Alto Vale ajudam você a manter sua pele, cabelo e unhas saudáveis. Por se dedicarem exclusivamente aos cuidados com a pele, cabelos, pelos e unhas, os dermatologistas sabem a importância da pele saudável para uma vida saudável. A Dermacenter Alto Vale é responsável pelo diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e problemas que atingem a pele e seus anexos.
A acne vulgar é uma doença crônica multifatorial, que em geral surge na puberdade e acomete ambos os sexos. Estima-se que mais de 80% das pessoas sofrerão com a doença em algum período da vida. Em menor proporção pode ocorrer na idade adulta, especialmente nas mulheres.
A acne promove o surgimento de cravos, espinhas, cistos e nódulos, que se não tratadas adequadamente deixam cicatrizes permanentes. Os locais mais acometidos são a face, pescoço, costas e ombros.
Seu desenvolvimento está associado a diversos fatores, como o aumento do número e tamanho das glândulas sebáceas e ao hiperandrogenismo, que consequentemente determinam uma maior seborreia, colonização pela bactéria Propionibacterium acnes e obstrução folicular desencadeando um processo inflamatório e formação da conhecida “espinha”.
Quando se manifesta de forma intensa, pode prejudicar e muito a qualidade de vida. Deve-se buscar tratamento sempre, independentemente da idade do paciente. Existem diversos tratamentos disponíveis e a indicação depende da avaliação dermatológica completa de acordo com o grau e extensão da doença. Quanto mais precoce iniciar o tratamento, menor a chance de desenvolver cicatrizes definitivas.
É uma doença inflamatória que acomete principalmente a região central da face, atinge ambos os sexos entre 30 e 50 anos, sendo mais comum nas mulheres, entretanto mais grave em homens. O sintoma inicial é uma ruborização (vermelhidão) transitória da face, ela pode ser desencadeada por alguns fatores como alimentos apimentados, bebidas alcoólicas, atividade física, etc. Com o tempo, o vermelhidão passa a ser definitivo, a pele fica mais espessa e começam a aparecer nodulações e vasos sanguíneos persistentes. Em estágios avançados, a pele se prolifera tanto, deformando algumas áreas, especialmente o nariz (rinofima).
Os tratamentos variam de acordo com o estágio e a gravidade da doença, podendo utilizar cremes tópicos sintomáticos ou medicações orais. O dermatologista deve avaliar caso a caso e indicar o melhor tratamento.
É uma doença comum, crônica e não contagiosa de causa ainda não completamente conhecida. Um subtipo de células de defesa do nosso organismo chamadas de Linfócitos T começam a atacar as células da pele, desencadeando uma resposta inflamatória sistêmica e local da pele. Como defesa, as células da pele se proliferam, criando crostas avermelhadas que descamam, dando origem as placas da psoríase. Não é uma doença contagiosa.
De caráter crônico, caracteriza-se por períodos de surtos e remissões. Pode acometer qualquer parte da pele, incluindo anexos como as unhas e o couro cabeludo, apresenta grande variabilidade clínica, pode apresentar pequenas lesões isoladas ou acometer todo o corpo. Uma quantidade variável de pacientes pode ter além da psoríase cutânea, acometimento das articulações, apresentando dor e rigidez, especialmente no quadril e coluna lombar, um quadro conhecido como artrite psoriásica.
Existe uma grande variedade de tratamentos, e as opções devem ser individualizadas para cada paciente. Os casos leves podem responder bem somente aos tratamentos tópicos. Para os casos graves, imunossupressores ou retinoides sistêmicos são suficientes na maioria dos casos. Recentemente, para os casos refratários, medicações imunobiológicas tem mostrado excelente resposta, mas o tratamento necessita de monitorização constante e os medicamentos são de alto custo. Vale lembrar que até o momento não há cura para a psoríase, o paciente sempre necessita de acompanhamento médico constante.
A dermatite seborreica é uma inflamação da pele que cursa com vermelhidão e descamação associada a coceira. Afeta principalmente adultos jovens, nas áreas de maior concentração de glândulas sebáceas, a região lateral do nariz, sobrancelhas, couro cabeludo, no peito e na região cervical posterior. Afeta também crianças e recém-nascidos, com variantes clínicas, podendo formar a “crosta láctea”.
Caracteriza-se por períodos de exacerbação e remissão, relacionados com o estresse, alterações climáticas, aumento da oleosidade e alergias.
Não é contagiosa e não é causada pela falta de higiene! Seu desenvolvimento está relacionado a suscetibilidade individual, alterações na produção sebácea e colonização por um fungo do gênero malassezia. Os indivíduos que desenvolvem a doença, apresentam uma sensibilidade maior a um fungo, desenvolvendo uma resposta inflamatória exacerbada que causa os sintomas.
Os sintomas variam, dependendo da gravidade do quadro. Os principais são: – Oleosidade excessiva; – Descamação branca e amarelada (caspa); – Coceira; – Vermelhidão na área; – Casos graves podem apresentar perda de cabelo.
O tratamento precoce é importante, pois quadros iniciais respondem melhor ao tratamento.
Quadros leves respondem a antifúngicos tópicos tanto em creme como xampus, e a imunomoduladores. Casos graves podem necessitar de medicações orais.
Algumas orientações importantes são citadas abaixo: – Não dormir com o cabelo úmido ou molhado. Evitar manter os cabelos presos e o uso de bonés; – Usar o xampu terapêutico indicado por seu dermatologista somente na raiz dos cabelos e deixar agir por 5 minutos. A espuma pode ser aplicada em outras áreas também afetadas. Após aplicar o xampu de sua preferência, associado ou não ao condicionador (este deverá ser aplicado somente nas pontas e enxaguar bem). – Evitar fatores agravantes como estresse, má alimentação, tabagismo e consumo de bebida alcoólica. Evitar banhos muito quentes, enxugar-se bem antes de vestir-se, usar roupas que não retenham suor.
As micoses são doenças causadas por fungos, que podem afetar a pele, as unhas e os cabelos. Os principais agentes causadores são os fungos chamados de dermatófitos, que se alimentam da queratina, principal constituinte da camada superficial da pele, das unhas e do cabelo. São fungos que se desenvolvem em ambientes com alta temperatura e umidade.
As principais são:
Pitiríase versicolor (“pano branco”): Acomete mais adultos jovens com pele oleosa. Causada por fungos do gênero malassezia, causa manchas brancas arredondadas que podem se agrupar, despigmentando grandes áreas do tronco. Eventualmente as manchas podem ser de cores acastanhadas ou avermelhadas. O tratamento é feito com antifúngicos tópicos ou orais.
Tinhas: Manchas vermelhas e descamativas que crescem de dentro pra fora, podem acometer qualquer área do corpo, especialmente a região da virilha nos homens. Existe também a tinha capitis, mais comum em crianças, que acomete os fios do couro cabeludo, criando áreas arredondadas em que o cabelo se rompe logo acima da sua inserção no couro cabeludo, criando áreas sem cabelos (alopécia).
Intertrigo micótico (frieiras): Devido a umidade e calor excessivos entre os dedos, cria-se um ambiente ideal para desenvolvimento de fungos tanto dermatófitos como cândidas, causando áreas de vermelhidão, com descamação e rachaduras nas áreas de dobras cutâneas. Mais comum em diabéticos, obesos e pacientes com alterações anatômicas que favoreçam a retenção de água entre os dedos. Usar sempre que possível calçados abertos e meias de algodão, secar bem entre os dedos, se possível com o auxílio de um secador de cabelos, quando a pessoa tiver os dedos dos pés muito juntos, pode-se usar um chumaço de algodão para afastar e absorver a umidade.
Onicomicoses: O fungo invade a lâmina ungueal, tornando-a espessa, com alteração da sua coloração, fragilidade e eventual descolamento do seu leito. Acomete tanto as unhas das mãos como dos pés, principalmente dos pacientes com mais de 55 anos. Esses fungos vivem no ambiente, em condições de alta umidade e calor. Quando ocorre pequenos traumas na unha, como uso de calçados apertados, o fungo invade a lâmina ungueal e passam a se alimentar da queratina. Muito raramente a micose pode ser transmitida de pessoa a pessoa através do compartilhamento de objetos de manicure, como lixas de unha.
Quando o acometimento da unha é extenso, o tratamento é difícil e prolongado. O exame de cultura da unha para identificação precisa do agente é importante. Os antifúngicos orais podem apresentar toxicidade para o organismo, além de importantes interações medicamentosas com outros remédios que eventualmente a pessoa possa estar tomando. Evite tomar medicamentos indicados por não médicos. Todos esses fatores devem ser avaliados pelo dermatologista na escolha do tratamento adequado caso a caso.
Algumas orientações para prevenção de micoses de uma forma geral: – Use calçados fechados por curto período e de preferência com a ponta larga; – Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente nas dobras e nos pés; – Evite ficar com roupas e calçados molhados; – Evite contato prolongado com água e sabão; – Evite andar descalço em ambientes que estão sempre úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas; – Evite roupas sintéticas ou muito justas que impedem a transpiração; – Use somente o seu material de manicure.
Urticária é uma doença que se caracteriza pelo surgimento súbito de lesões avermelhadas e edemaciadas que coçam. Elas podem ser pequenas ou se juntar formando grandes placas em qualquer área do corpo. Geralmente não duram mais que 24 horas e somem completamente sem deixar marcas. A coceira costuma ser muito intensa, chegando a atrapalhar o trabalho e o sono. Em alguns casos, pode acometer a boca, garganta, olhos e genitálias, com inchaço importante chamado de angioedema.
As lesões ocorrem quando há liberação de uma substância chamada de histamina, que faz vasodilatação das áreas acometidas e desencadeia a coceira.
Diversos são os fatores desencadeantes, mas nem sempre se encontra a causa específica, mesmo após vários exames complementares. Os principais são medicamentos, alimentos, infecções, sol, calor, frio, vibração, atividade física, doenças endócrinas, dramatológicas, câncer, entre outras.
Na maioria dos casos a doença é aguda, não durando mais que 6 semanas. Quando a doença se torna crônica, é de difícil tratamento, e os pacientes devem tomar medicamentos diários para controle da doença.
Sempre se deve excluir e afastar as possíveis causas da doença. O tratamento é baseado em anti-histamínicos, e em alguns casos, corticosteroides e imunossupressores.
Como uma abordagem geral, alguns alimentos devem ser observados como possíveis desencadeantes. Uma dieta livre de corantes, embutidos, conservantes, refrigerantes e sucos artificiais, frutos do mar, chocolates, ovo e amêndoas podem ajudar a reduzir os sintomas e as recidivas da urticária.
O tratamento de alguns casos é difícil e refratário, alguns pacientes passam por diversos médicos a procura de obter tratamento satisfatório. É importante lembrar que mais da metade dos casos se resolvem num período variável de 6 meses a um ano. Num período de 5 anos, 90% dos pacientes não apresentam mais as lesões.
Hiperhidrose é uma condição caracterizada por sudorese excessiva, que pode ser localizada ou focal. A hiperhidrose generalizada pode fazer parte de alguma doença de base como infecções, doenças endócrinas e neurológicas, e nesses casos uma extensa investigação deve ser realizada.
A hiperhidrose focal geralmente afeta pessoas saudáveis e com histórico familiar em 30 a 50% dos casos, sugerindo uma base genética para esta condição.
A hiperhidrose axilar é a mais frequente, e tem um impacto profundo na vida do paciente, incluindo limitações no trabalho, na interação social, transtornos psicológicos, nas atividades físicas e no lazer.
Além das axilas, o acometimento isolado também pode atingir a face, palmas, plantas e tórax.
Os pacientes normalmente queixam-se de: – Constrangimento ao erguer o braço por conta da mancha molhada na axila, popularmente chamada de “pizza”; – Impossibilidade de usar roupas coloridas; – Acanhamento e impossibilidade de fazer um cumprimento em virtude das mãos suadas; – Dificuldade de praticar certos esportes.
O tratamento deve ser individualizado e amplamente discutido entre médico e o paciente, considerando riscos, benefícios e a durabilidade do efeito terapêutico.
Casos leves podem ser controlados com tratamentos clínicos, tópicos ou associados a medicações orais.
A toxina botulínica é um procedimento altamente eficaz e seguro, de desconforto leve na aplicação, com raríssimos efeitos colaterais. Porém necessita de reaplicações a cada 7 a 9 meses.
Lipossucção com curetagem da junção dermo-hipodérmica: nesse procedimento cirúrgico, realizado sob meticulosa assepsia e em ambiente hospitalar, é realizado um anestesia local tumescente. Após, é feito duas pequenas incisões na borda superior e inferior da axila para introdução das cânulas e curetas, e então realizado a lipoaspiração e curetagem das glândulas sudoríparas dérmicas.
Possui um rápido tempo de recuperação, poucas complicações e sequelas cicatriciais mínimas. O resultado na maioria dos casos é definitivo, sendo eventualmente necessário tratamento tópico concomitante. Em cerca de 10% dos casos o resultado é insatisfatório e o procedimento necessita ser repetido.
São lesões nas camadas superficiais da pele pelo papilomavírus humano (HPV). As lesões geralmente não causam sintomas e se apresentam mais na forma de pápulas vegetantes ásperas da cor da pele, chamadas comumente de “verrugas vulgares”. Quando acometem ao redor dos dedos, causam dor e desconforto, além de estigma social ao paciente. Algumas possuem alterações genéticas e imunológicas, que impedem que se desenvolva imunidade específica contra o vírus, e sofrem de verrugas recorrentes e recalcitrantes.
O HPV pode infectar qualquer local da pele, das mucosas e ter características clínicas peculiares. Além das verrugas vulgares, as verrugas palmo plantares (olho de peixe) e as anogenitais (condilomas).
A transmissão ocorre por contato direito pessoa a pessoa ou através de objetos. É extremamente importante não manipular as lesões, pois com isso, contaminamos a mão, e assim acabamos implantando lesões em outros locais do corpo.
O condiloma genital é causado por sorotipos específicos de HPV, e estão relacionados com o desenvolvimento do câncer do colo uterino. A melhor forma de prevenção é o uso de preservativos. É recomendado que as mulheres realizem avaliações rotineiras com o ginecologista, pois quanto antes o diagnóstico, melhor a resposta terapêutica e menor o risco de desenvolvimento do câncer. Hoje já está disponível na rede básica de saúde, uma vacina que reduz o risco de infecção genital pelos HPV 16 e 18, maiores responsáveis pelo câncer de colo uterino. É indicada para meninas a partir dos 9 anos de idade.
Existem diferentes modalidades terapêuticas que levam a remoção e destruição das lesões. Cada tipo de verruga exige uma abordagem diferenciada, e o dermatologista deve avaliar o número, a extensão e a localização das lesões, além de exames complementares para lhe indicar a melhor opção caso a caso.
O câncer da pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. Estima-se que são diagnosticados mais de 200 mil casos todo ano no país, e a incidência vem aumentando década após década.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e desenfreado das células neoplásicas que compõem a pele. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o espinocelular. O melanoma, embora corresponda a cerca de 5% dos casos, é o mais agressivo e letal, responsável por praticamente a totalidade das mortes por câncer de pele.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento dos tumores de pele. Para o melanoma, esse risco aumenta proporcionalmente ao número de “queimaduras” que o paciente sofre na juventude. Outros fatores de risco importantes são a pele e olhos claros, presença de muitas pintas, histórico familiar, imunossuprimidos (especialmente os que foram submetidos a transplantes) e idade avançada.
As lesões podem adquirir formatos muito variados, abaixo algumas dicas: – Lesão de pele com surgimento recente, de aparência elevada e brilhante, translúcida ou avermelhada, com crosta central e que sangra facilmente; – Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramentos; – Uma pinta preta ou castanha que muda a sua cor e textura, tornando-se irregular na sua borda e tamanho.
Procure imediatamente seu dermatologista caso possua alguma dessas lesões, especialmente se você tiver mais de 40 anos.
O dermatologista possui experiência em oncologia cutânea e ainda conta com o auxílio de ferramentas como a dermatoscopia que auxiliam no diagnóstico precoce do câncer, assim como de lesões pré-malignas (que no futuro poderão evoluir para câncer). Quando o diagnóstico é precoce, a quantidade de pele que é removida na cirurgia é menor, e consequentemente o resultado estético da cirurgia também.
Eventualmente, lesões superficiais e pré-malignas podem ser tratadas com medicamentos tópicos ou com um procedimento chamado terapia fotodinâmica. Em casos selecionados, pode-se tratar o câncer da pele sem a necessidade de cirurgias e sem cicatrizes.