O suor, composto por 99% de água e sais minerais, é responsável pela regulagem da temperatura corporal. Quando em excesso, pode gerar problemas sociais e de autoestima. Esta condição é denominada hiperidrose.
O que é a Hiperidrose?
A hiperidrose é uma condição caracterizada pelo suor excessivo. Os pacientes podem apresentar o suor em excesso somente em alguns pontos, como nas axilas, mãos e pescoço, como também podem surgir em todo o corpo.
Geralmente, quem tem hiperidrose costuma suar mesmo em repouso, uma vez que as glândulas sudoríparas atuam de forma excessiva.
A condição pode estar relacionada a fatores genéticos, por isso é comum que pessoas de uma mesma família apresentem sintomas muito semelhantes.
Causas e sintomas
A hiperidrose acomete entre 1 e 5% da população, podendo ocorrer por diferentes motivos, como fatores emocionais, hereditários, uso de medicamentos ou doenças.
As glândulas sudoríparas, que causam o suor, do tipo écrina é que são responsáveis pela hiperidrose, sendo mais comuns nas palmas das mãos, nas plantas dos pés e também nas axilas.
Os sintomas da hiperidrose costumam incluir:
- Transpiração excessiva há pelo menos seis meses sem motivo aparente;
- Transpiração excessiva pelo menos uma vez por semana;
- Sudorese excessiva que afeta as atividades diárias (como trabalho, relacionamentos e atividades culturais).
Esses sintomas podem indicar que a pessoa possui hiperidrose primária. Se a transpiração excessiva ocorrer em uma área específica, pode ser indício de hiperidrose secundária.
Tipos de hiperidrose
A hiperidrose pode ser dividida em dois tipos:
Primária: tem predisposição genética e pode manifestar-se em qualquer fase da vida. As pessoas não suam quando dormem ou em repouso. Afeta 2% a 3% da população, mas menos de 40% desses procuram ajuda médica.
Secundária: desencadeada por questões como estresse, tabagismo, obesidade, menopausa, alguma condição médica, efeito colateral de medicação, entre outros fatores que afetam o sistema nervoso. Nesse caso, as pessoas suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns, durante o sono ou em repouso. Surge geralmente na fase adulta.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hiperidrose é realizado por meio de dois exames:
Teste amidoiodo: uma determinada quantidade de um produto é colocada em diferentes pontos do corpo, durante uma determinada janela de tempo. Conforme o paciente sua, seu suor muda de cor e é possível observar, com o exame, não só a quantidade de suor, mas também de onde e em que pontos do corpo ele costuma ser mais eliminado.
Teste de papel: um papel absorvente é colocado em alguns pontos da pele, durante uma determinada janela de tempo. Em seguida, o papel é removido e pesado, para observar a quantidade de suor eliminada naquele ponto do corpo.
A hiperidrose não é grave e geralmente pode ser resolvida com tratamentos tópicos ou procedimentos que variam de acordo com o tipo e o grau de sudorese da pessoa, podendo ser indicado:
- Antitranspirantes;
- Medicamentos;
- Aplicação da Toxina Botulínica;
- Iontoforese;
- Laser;
- Simpatectomia (cirurgia para casos graves).
Ao perceber sintomas semelhantes, procure seu médico Dermatologista e conheça as melhores opções para o seu caso.