No fim do tratamento de câncer de pele, ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado, também surge a preocupação de uma recidiva (retorno/reaparecimento da doença) ou metástase (invasão feita por células cancerígenas a outros órgãos do corpo de um indivíduo que, inicialmente, apresentava neoplasia em apenas um órgão).
A vida após o tumor significa voltar a realizar suas atividades e também a fazer novas escolhas. Continue a leitura e saiba mais sobre o acompanhamento a curto e longo prazo após o câncer de pele!
Acompanhamento clínico e exames
Toda pessoa que já teve um tumor precisa fazer um acompanhamento clínico após o tratamento.
No caso dos pacientes oncológicos de câncer de pele, esse acompanhamento dependerá do tipo do câncer:
- Casos de câncer basocelular: a cada 6 a 12 meses.
- Casos de câncer espinocelular: a cada 6 a 12 meses.
- Melanoma: a cada 3 a 4 meses nos primeiros anos após o diagnóstico.
Tanto o melanoma quanto o carcinoma espinocelular pode dar metástases para linfonodos, por isso, demandam ainda mais cuidado e acompanhamento rigoroso dependendo do estágio da doença
Nestas consultas de acompanhamento, o médico se informa sobre sintomas e examinará novos possíveis sinais do câncer de pele.
Em situações de alto risco – como nos casos dos cânceres espinocelular que atingem linfonodos – também podem ser solicitados exames de imagem, como a tomografia computadorizada.
Se a doença recidivar, isto é, aparecer novamente, as opções de tratamento dependerão do tamanho e da localização do tumor, dos tratamentos já realizados e do estado de saúde geral do paciente.
A importância do histórico médico pós câncer de pele
Após o tratamento do tumor basocelular e espinocelular, o paciente pode precisar consultar outros médicos (para condições de saúde que se façam necessárias e não tenham relação ao câncer, por exemplo) e que desconhecem o histórico clínico.
É importante que o paciente esteja apto para informar ao novo médico os detalhes do diagnóstico e do tratamento. É preciso ter acesso a informações como:
- Cópia do laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia.
- Cópia do relatório de alta hospitalar.
- Cópia do relatório do tratamento radioterápico.
- Cópia do relatório quimioterápico, terapia-alvo ou imunoterapia incluindo medicamentos utilizados, doses e tempo do tratamento.
- Exames de imagem.
O médico pode querer manter cópias dessas informações. Por isso, é importante atentar-se para ter sempre uma cópia somente para o paciente.
É possível diminuir o risco de o tumor aparecer novamente ou progredir?
Pacientes que tiveram câncer de pele possuem um risco maior de desenvolver outro tumor. Por isso, é importante limitar a exposição aos raios UV e examinar a pele mensalmente, procurando sinais de possíveis novos cânceres.
Os cânceres de pele diagnosticados em estágio inicial são geralmente mais fáceis de serem tratados.
Além disso, adotar comportamentos saudáveis também pode ajudar a reduzir seu risco, como:
- Não fumar
- Seguir uma alimentação variada e rica em frutas, legumes e vegetais;
- Ser ativo, praticando ao menos 30 minutos de caminhada diária;
- Manter um peso saudável.
Meu câncer de pele voltou. E agora?
Se o tumor retornar em algum momento, as opções de tratamento dependerão da localização da recidiva e dos tratamentos que já foram realizados.
Se for local, as opções podem incluir cirurgia, radioterapia ou outros tipos de tratamentos locais.
Se for em outros órgãos, podem ser necessários tratamentos como terapia alvo, imunoterapia ou quimioterapia.