A dermatoscopia é um exame que analisa os sinais de pele. Com o método, o dermatologista consegue visualizar estruturas da pele específicas e fazer o diagnóstico de muitas doenças.
Quando a pele é observada com uma lupa comum ou apenas “a olho nu”, a reflexão, refração e difração da luz na camada superficial da pele impedem a análise das estruturas mais profundas.
O procedimento permite que as lesões sejam minuciosamente examinadas e avaliadas, sendo possível identificar lesões suspeitas, que devem ser retiradas ou acompanhadas clinicamente.
Quem deve fazer o exame?
Geralmente o médico sugere ao paciente quando se deve fazer o exame. É indicado nas seguintes situações:
- Pacientes com múltiplas pintas (nevos melanocíticos);
- Pacientes cujo aspecto do nevo melanocítico apresente dúvidas no seu diagnóstico;
- Indivíduos que já tiveram melanoma;
- Indivíduos com história de melanoma na família;
- Síndrome do nevo atípico ou síndrome do melanoma familial.
Como funciona um dermatoscópio?
O aparelho ilumina a região estudada e a aumenta de 20 a 70 vezes. A aplicação de um meio líquido transparente que “regulariza” a superfície cutânea, diminui a reflexão e aumenta a penetração da luz para as estruturas mais profundas, permitindo a observação até à derme reticular.
O que o dermatologista vê?
O dermatologista utiliza a dermatoscopia para a ampliação e para melhor visualização das estruturas nas diferentes camadas da pele.
Com o aparelho, ele consegue diferenciar as lesões em melanocíticas e não melanocíticas, verificar a localização do pigmento, em qual camada da pele ele se localiza e, muitas vezes, detectar ainda estruturas que sugerem o crescimento de uma determinada lesão.
Se as lesões forem melanocíticas, o dermatologista consegue descobrir se a lesão é benigna, maligna ou suspeita.
A dermatoscopia é útil somente para o melanoma?
O principal benefício do exame é o diagnóstico precoce de melanomas – tipo grave de câncer de pele, que pode não ser visualizado no exame clínico quando está em um estágio inicial. Mas, além disso, a dermatoscopia também ajuda no diagnóstico diferencial de outros tipos de câncer da pele, como o carcinoma basocelular, além de facilitar a descoberta de lesões benignas como a queratose seborréica, o dermatofibroma, o hemangioma eruptivo trombosado, e outras lesões vasculares.
Qual a importância de examinar as minhas pintas (nevos melanocíticos)?
O principal benefício da dermatoscopia é o diagnóstico de melanomas iniciais que poderiam não serem visualizados no exame clínico, devido à sua forma regular e cor homogênea. A incidência de melanoma tem aumentado drasticamente nas últimas décadas e a cura do melanoma depende do diagnóstico precoce.
Outra vantagem deste método de análise é que podemos fotografar a dermatoscopia da lesão e comparar em alguns meses – com o objetivo de observar o padrão de crescimento e o risco de transformação em câncer.
É um exame preventivo com precisão diagnóstica de até 97% de acerto preservando o paciente de cirurgias desnecessárias e podendo diagnosticar lesões malignas, ainda em fase inicial.
Fontes: Dermatologia e Saúde, Minha Saúde e Drª Fernanda Braga.