Doença de Lyme: entenda as causas, sintomas e tratamentos

Transmitida através de carrapatos de várias espécies contaminados pela bactéria Borrelia burgdorferi, a Doença de Lyme é uma zoonose que pode causar lesões na pele, no sistema nervoso central e periférico e no coração, além de dores nas articulações.

No Brasil, casos com os mesmos sintomas foram diagnosticados em 1992, após a picada de carrapatos. Essa variante brasileira da doença é conhecida como Doença de Lyme símile brasileira, ou síndrome de Baggio-Yoshinari.

Sintomas 

Os sintomas da variante brasileira tendem a ser recorrentes, mesmo após o tratamento adequado e prolongado, com grande frequência de cronificação, podendo aparecer entre 3 e 30 dias após a picada do carrapato infectado, sendo os mais comuns:

  • Lesão com vermelhidão na pele no local da picada, semelhante com um olho de boi, entre 2 a 30 cm, que vai aumentando de tamanho com o tempo;
  • Rigidez da nuca;
  • Dor nos músculos, articulações e dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Febre e calafrios.

Como ocorre a transmissão?

A bactéria Borrelia burgdorferi, que causa a doença, pode estar presente no sangue de diversos animais, como ratos, veados ou melros. Quando o carrapato morde um desses animais, também fica contaminado com a bactéria, podendo, então, transmiti-la para as pessoas.

Os carrapatos são tão pequenos que a pessoa pode não saber que foi picada, por isso, se existir suspeita, os melhores locais para procurar por um carrapato no corpo incluem:

  • Atrás das orelhas;
  • Couro cabeludo;
  • Umbigo;
  • Axilas;
  • Virilha;
  • Parte de trás dos joelhos.

O risco de infecção torna-se maior quando o carrapato permanece na pele por mais de 24 horas.

Diagnóstico e tratamentos 

Geralmente, a Doença de Lyme é diagnosticada através de exames de sangue, que podem ser feitos entre 3 e 6 semanas depois da mordida do carrapato – que é o tempo necessário para a infecção se desenvolver e aparecer nos exames.

Exames como o ELISA (que identifica anticorpos produzidos contra a bactéria) e o Western Blot (que analisa na amostra de sangue as proteínas que os anticorpos utilizam para combater a bactéria) confirmam o diagnóstico.

 Além disso, o hemograma e a biópsia cutânea podem ser solicitados para o diagnóstico, devido aos achados histopatológicos. 

O tratamento para a Doença de Lyme é feito através do uso de antibióticos, melhorando tanto a lesão quanto os demais sintomas. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, mais rápida é a recuperação, evitando possíveis complicações.

Ao perceber sintomas na pele e mal-estar, procure seu médico de confiança para que os devidos exames possam ser realizados.

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