Velha conhecida dos homens, a calvície também ameaça a vaidade feminina. De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo, 50% das mulheres têm alguma queixa relacionada à queda de cabelos. E a calvície propriamente dita, que é uma rarefação aguda dos fios, atinge 5% da população feminina.
O primeiro passo para tratar o problema é distinguir queda excessiva de calvície. A queda comum se evidencia com a perda de até 100 fios por dia. Isto pode ser perceptível quando a pessoa encontra fios no travesseiro ou começa a ver fios sobre o computador ou na comida, por exemplo. Já a calvície é progressiva, se manifesta com uma rarefação no topo da cabeça, de forma lenta e progressiva. Sem uma queda abrupta dos fios.
A etapa seguinte é obter um diagnóstico correto, que só pode ser feito por um especialista e mediante a uma série de exames de sangue e, em alguns casos, com biópsia do couro cabeludo.
É importante informar que a calvície feminina é diferente da masculina. Nas mulheres o cabelo dilui principalmente na parte superior e na coroa do couro cabeludo. Geralmente começa com uma ampliação através do centro do cabelo.
Causas da calvície
O que causa o problema pode ter diversas origens. Fatores como genética, alterações hormonais, inflamações no couro cabeludo e dietas com baixa proteína têm relação direta com a calvície.
Tratamentos para calvície feminina
O tratamento deve ser iniciado precocemente e de longa duração. A boa notícia é que a maior parte das alopecias, é reversível. Para cada tipo de alopecia é indicado um tratamento diferente. Isso porque o dermatologista faz o diagnóstico e a partir dele dá sequência a um tratamento específico.
O segredo para um tratamento de sucesso é não perder tempo. Existem métodos de cura eficazes e, quanto antes forem feitos, maior a possibilidade de êxito. A maioria das mulheres responde bem a tratamentos orais, um bom médico pode resolver 90% dos casos, sem transplante. Seja qual for o tratamento, os resultados começam a aparecer a partir de um mês depois.
Casos mais avançados, em que o folículo piloso está completamente atrofiado, a única opção possível é o transplante de cabelos.
Dicas de especialista
Veja algumas dicas para manter a saúde dos cabelos em dia e combater a calvície feminina:
- Água filtrada não evita nem causa a queda dos fios. Portanto, a água do salão do cabelereiro não faz a diferença na perda do cabelo.
- Secador de cabelo e chapinha provocam queda de cabelo se utilizados de forma errada. Use-a na temperatura média ou fria. No caso do secador, a distância deve ser de, pelo menos 30 cm dos fios. Fique de olho na temperatura da água na lavagem. Ela deve ser de 20°C.
- Certas estações favorecem a queda de cabelo, mas isso ocorre em razão do ciclo de queda capilar.
- Tingimento não é causa de queda. A última geração de produtos utilizados para esse fim ou para alisar alcançou níveis tecnológicos seguros e sofisticados. Por outro lado, os cabeleireiros profissionais vivem em constante aprimoramento e tornam cada vez mais seguros esses processos, eliminando o risco de queda dos fios.
- Excessos nunca são recomendáveis. Na hora dos banhos de creme, pense na regra básica: tudo o que é bom para o couro cabeludo é bom para os fios, porém nem tudo que é bom para o fio deve ser usado no couro cabeludo. Isto também vale para os condicionadores, cremes de pentear e os chamados xampus 2 em 1.
- O extrato de Aloe vera (babosa) é benéfico quando usado topicamente. A planta in natura pode causar alergia ou irritações tópicas.
- As próteses (perucas) podem ser usadas, se necessário, sem prejuízos. Devem ser evitados os processos de entrelaçamento que tracionam os fios. As perucas devem ser lavadas e arejadas com frequência, para evitar contaminação por insetos ou fungos.
- Gravidez não é causa de queda. Os cabelos ficam mais bonitos e até aumentam. O período de menopausa é de ajuste natural da diminuição hormonal. Assim, poderá haver perda transitória dos fios de cabelo.
- Caspa e seborreia causam a queda dos cabelos. Procure um especialista.
- Bonés aumentam a oleosidade e só devem ser usados como proteção. O uso de elásticos e tiaras leva a um processo muitas vezes irreversível de queda, chamado de alopecia cosmética de tração.
Fontes: Uol e Revista Viva Saúde.